13 agosto, 2011

Estava me perdendo em outros abismos quando aconteceu, até agora me culpo um pouco pela distração, apesar de saber que, mesmo assim, você veio na hora certa, na hora exata, não é isso que dizem? Que é preciso não estar esperando? Agora leio entrelinhas no fundo dos teus olhos e você não compreende metade das coisas que escrevo, mal entende a minha letra, pode dizer, você não entende meus ''erres'', meus ''as'', logo os meus, eu que me esforço pra decifrar esse brilho nos teus olhos, que procuram outro par de olhos pra repousar essa alegria tão grande que vejo escapando de você quando você sorri, esse sorriso tão bonito, típico de quem chega mansinho e me faz, no meio de uma distração, passar  a esperar absolutamente tudo, escrever com vírgulas demais ou vírgulas de menos, entre metáforas e declarações escancaradas, mas, ainda assim, incompreensíveis pra tua história.


Você nunca vai saber da minha mania de me expor em palavras, que eu escrevo o tempo todo, em qualquer lugar. Muito menos que eu estou escrevendo sobre você neste exato momento. E não pense que é falta de consideração eu dividir tanto de mim com tanta gente e excluir você dessa minha segunda vida, porque há duas maneiras de saber o que eu não digo sobre mim: lendo nas entrelinhas dos meus textos e olhando nos meus olhos. E a segunda opção ninguém mais tem.